Manaus, 20 a 22 de Outubro 2010 - A Associação PanAmazônia realizou Seminário Acadêmico Internacional da Pan-amazônia (Primeiro Encontro Pan-amazônico de Reitores), realizado na Universidade do Estado do Amazonas - UEA. O evento reuniu reitores, acadêmicos, empresários, representantes governamentais e de entidades de classe das regiões amazônicas do Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela com o intuito de discutir e oferecer propostas concretas para a superação dos desafios comuns impostos a todos que vivem na Amazônia.
Mais informações no link: http://www.fapeam.am.gov.br/panamazonia-e-discutida-em-seminario-realizado-em-manaus/
20/10/2010 – Com a finalidade de debater maneiras de superar desafios comuns a Associação Panamazônica é formada por oito países com território dentro da Floresta Amazônica (Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Venezuela e Suriname). A organização também objetiva promover a integração dos povos amazônicos, os quais se deparam com os mesmos desafios, mas, geralmente os enfrentam separadamente.
De acordo com o mestre em Política Internacional e presidente da Associação Panamazônica, Belisário Arce, o objetivo do seminário que iniciou hoje e acontece até o dia 22/10 é promover a aproximação dos assuntos relevantes da Amazônia Continental. “A intenção é fazer com que todos dialoguem. Esse encontro tem a finalidade de unir os países envolvidos com a missão de um panamazonismo solidário”, destacou Arce.
Outros países
Segundo a ex-presidente do Equador, ex-secretária-geral da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) e uma das palestrantes do evento, Rosália Arteaga Serrano, ela conhece bem a panamazônia e considera extremamente importante a iniciativa da associação. “Os países que compartilham a bacia hidrográfica mais importante do mundo, que tem por volta de 6,5 mil quilômetros quadrados e o curso de água mais importante do mundo devem se integrar para discutir questões e encontrar soluções para resolver os problemas”, destacou.
“Agora que se fala tanto de temas climáticos e meio ambiente, os olhos do mundo estão na Amazônia, mas às vezes pensam que a Amazônia é um espaço vazio que tem só árvores, animais, não se dão conta que também existem seres humanos”, enfatizou.
Conforme Serrano, a Amazônia brasileira é uma das maiores em crescimento populacional, tem vários problemas como a biopirataria, queimadas, secas, além de outros temas relacionados à criminalidade como as plantações de coca na Amazônia Boliviana e Colombiana. “Com isso temos que saber como os países podem trabalhar em conjunto para solucionar esse tipo de problema e potencializar a grande capacidade de gerar a água e manter a biodiversidade”, explicou.
Conforme o secretário de Estado de Ciência e Tecnologia e diretor-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado Amazonas (FAPEAM), Odenildo Teixeira Sena, discutir os investimentos em recursos humanos no Estado do Amazonas, tema abordado na programação do primeiro dia do evento, especificamente em nível de pós-graduação, faz parte da competência da Fundação.
“É importante partilhar o quanto o Estado cresceu nesses últimos anos no campo da ciência e particularmente na formação de recursos humanos altamente qualificados”, finalizou.
Conforme Jerjes Justiniano Talavera, reitor da Universidade Nacional Ecológica de Santa Cruz de La Sierra – Bolívia (UNE), a finalidade do encontro entre reitores, acadêmicos científicos, empresários e setor governamental é construir a cultura e discutir as formas de proteger e cuidar da floresta amazônica.
“Foi criado na Europa o paradigma de que devemos conservar e mostrar a Amazônia, mas o plano dos europeus tem consumido em cinquenta anos o que o mundo acumulou ao longo de milhões de anos”, comentou.
Para Talavera, a ideia é conservar intacto o bosque amazônico, mas ao mesmo tempo desenvolver projetos de modos de vida em que os próprios amazônidas possam se sustentar sem ter que devastar a natureza, ajudando na preservação e conservação do ecossistema.
Conforme o diretor da Fundação Amazônica de Defesa da Biosfera (FDB), a instituição apoia o evento por representar sobre tudo a vontade de juntar a sociedade panamazônica. “A direção da instituição sempre se interessou em promover a aproximação dos povos amazônicos”, explicou.
O evento é aberto ao público com assuntos específicos de problemas educacionais, que envolvem toda a Amazônia brasileira e hispânica e debates empresariais que também dizem respeito a esse mesmo polo e a essa sociedade.
Serviço:
Seminário Panamazônico
Local: Reitoria da UEA – Avenida Djalma Batista, 3578 – Flores
Dias 20 e 21/10 das 8h45 às 18h e 22/10 das 9h às 16h30. Com entrada franca.