Manaus, 24 de agosto de 2016 - Nesta quarta-feira, a Associação PanAmazônia realizou palestra sobre o “o papel das novas lideranças empresariais e o futuro da Amazônia”, com a participação de Gabriel Benarrós, José Benchimol, Daniel Bertolotti. O evento é coordenado por Pedro Monteiro, economista, Diretor da empresa Virrosas, e membro Associado da Pan-Amazônia.



O evento se insere em um ciclo de palestras que está sendo realizado pela Associação PanAmazônia desde o mês de julho, como parte das comemorações do aniversário de seis anos da organização, que se dedica à promoção do ideal da cooperação e integração das sociedades da Amazônia continental, com instrumento para o fortalecimento regional e o desenvolvimento socioeconômico.


A palestra teve o objetivo de promover necessário debate sobre novos caminhos para desenvolvimento socioeconômico da região. Os palestrantes, todos jovens empresários, foram especialmente escolhidos, levando em consideração a excelência na formação acadêmica e o comprovado arrojo como empreendedores.


Os trabalhos se iniciaram com a palestra de José Benchimol, que é graduado em Economia pela Stanford University, com Master em Business Administration pela UCLA Anderson School of Management, Diretor Comercial da empresa Fogás e Diretor Geral da Para Guardar Self Storage, empresa por ele fundada. Em sua apresentação, Benchimol salientou que o bom êxito no desenvolvimento da Amazônia provavelmente virá através da experimentação de diversos modelos de negócios em diversas áreas, como serviços, turismo, agricultura, mineração etc, pois, dificilmente, haverá uma única solução para promover o desenvolvimento regional da Amazônia, observando que “apenas um ambiente de negócios adequado com baixos impostos, estabilidade jurídica, baixa interferência estatal e leis adequadas para a realidade amazônica permitirá que haja essa experimentação empreendedora”, acrescentando, ainda, que cada empresário, Individualmente, ao buscar o sucesso nas suas próprias iniciativas, estarão contribuindo de forma direta para o desenvolvimento da Amazônia.  


Em seguida, palestrou Gabriel Benarrós, que é formado em Economia Comportamental pela Stanford University. Aos 23 anos de idade, fundou a startup Ingresse, plataforma que captou R$ 10 milhões em investimentos e comercializa R$ 5 milhões ao mês em ingressos para shows, peças de teatro e eventos em todo o Brasil. É membro da Fundação Estudar e foi citado pela revista Forbes como um dos principais empreendedores brasileiros da atualidade. Em sua fala, destacou a importância da colaboração entre empresários nos mais diversos estágios no Amazonas e da mentoria para fortalecer as novasempresas. Nesse sentido, pontuou que “precisamos criar uma cultura de mentoria entre os que já passaram pelas dificuldades de montar novos negócios na região e os que estão começando para que, como comunidade, possamos nos mover mais rápido e de forma mais eficiente”. Sobre outros caminhos alternativos ao modelo Zona Franca de Manaus, Benarrós observou que “o Amazonas precisa desenvolver um ecossistema de negócios, principalmente no âmbito digital. Nosso estado apresenta oportunidades nos mais diversos tipos de serviços, conta com grande riqueza material e capital humano. Precisamos cada vez pensar em criar negócios com a proporção do nosso Estado e pensar grade, pois somos um grande estado".

A última apresentação foi de Daniel Bartolotti Chaves, que é graduado em Engenharia Química e diretor técnico da empresa Eternal. Em sua apresentação, fez um estudo de caso da sua empresa que atua com a reciclagem de óleo combustível, comentando a importância desse tipo de atividade para a sustentabilidade e o meio ambiente na Amazônia, assim como falou com superar desafios impostos pela burocracia nesse setor.


Na qualidade de coordenador do evento, Pedro Monteiro, em sua palavras no encerramento, ponderou que o desenvolvimento socioeconômico sustentável da Amazônia somente se dará com o melhor aproveitamento das  potencialidades que a região oferece, como a piscicultura, fruticultura, fármacos, cosméticos, manejo sustentável da floresta, mineração de baixo impacto ambiental, turismo, para que no médio prazo consigamos  diminuir e até acabar com  a dependência econômica que temos do Polo Industrial de Manaus, o que se dará, segundo Monteiro “através de um ambiente favorável a investimentos e ao empreendedorismo, com a redução da carga tributária, desburocratizarão em todas as esferas governamentais, investimentos em infraestrutura, melhora da segurança jurídica e flexibilização das leis trabalhistas. Tais mudanças só serão  possíveis com a participação ativa da iniciativa privada, desde que o setor público faça a sua parte”.


Link de vídeo sobre o evento: https://www.youtube.com/watch?v=futwVIC140U&t=112s