Manaus,
08 de agosto de 2022 - Na manhã desta segunda-feira, a Associação PanAmazônia
realizou a segunda reunião da série "As eleições de 2022 e a
Amazônia", desta vez, como o governador Wilson Lima, candidato à reeleição
para o governo do estado do Amazonas.
O
evento faz parte de um ciclo de
conversas promovido pela associação com
os dois primeiros colocados nas pesquisas de intenção de voto nos estados que
compõem a região Panamazônia. O primeiro encontro foi com o Senador Zequinha
Marinho, realizado virtualmente em 18 de julho do ano em curso. A PanAmazônia
está em articulação para realizar ainda reuniões com os seguintes candidatos: de
Rondônia, Marcos Rocha (União Brasil) e Marcos Rogério (PL); de Roraima, Antonio
Denarium (PP) e Teresa Surita (MDB); do Amazonas, Amazonino Mendes (Cidadania);
do Pará, Helder Barbalho (MDB); do Acre, Gladson Cameli (PP) e Mara Rocha (MDB).
Participaram
do evento presencial com o governador Wilson Lima 45 associados da PanAmazônia,
entre os quais presidentes e diretores de importantes empresas, como Fogás,
Dislub Equador, Grupo Bertolini, Grupo Forte, Dinâmica, Virrosas, Sabin, APA
Móveis, Provisa, Grupo Dedé, entre outras.
Uma
surpresa foi o anúncio feito pelo governador,
de primeira mão para os associados da PanAmazônia, de que inaugura, em
dezembro, um voo direto de Manaus para Fort Lauderdale, pela companhia aérea
Azul. A Associação PanAmazônia, por meio de nosso associado David Israel, solicitou
a Wilson Lima que tente convencer a Azul a adiantar o lançamento do voo para o
mês de outubro, pois ajudaria muito o turismo de pesca esportiva do Amazonas. O
governador disse-nos que tentará convencer a antecipar o lançamento do voo.
A
proposta do novo voo foi negociada com o vice-presidente da Azul Linhas Aéreas,
com quem o governador esteve reunido na semana passada. Um dos acordos de
contrapartida foi para viabilizar a aprovar da redução do ICMS (Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços) para combustível de aviação que já foi
proposta pelo governo e tramita em urgência na Assembleia Legislativa do
Amazonas (ALE-AM). Nesse contexto de redução tarifária, o governo do Amazonas
está pedindo às empresas aéreas que estabeleçam novas rotas internas entre
Manaus e os municípios do interior.
Segundo
o governador, serão três voos por semana, o que será e grande relevância para
fomentar o turismo para o Amazonas, visto que uma das principais barreiras é,
justamente, a falta de conectividade aérea. Fort Lauderdale é um importante
hub, e turistas de todo o mundo poderão chegar a Manaus por essa conexão.
Ainda
conforme Wilson Lima, há uma conversa com a TAP Linhas Aéreas para retomada dos
voos para Europa com saída direta de Manaus para Portugal.
Além
do tema da aviação e do turismo, debatemos assuntos relacionados à logística,
praticagem, Zona Franca de Manaus, saúde, segurança, etc. Salientou-se a
necessidade de um estado com máquina pública reduzida, com menos burocracia e
com mais investimento em logística, com especial atenção para a construção e
reestruturação dos portos do interior do estado, os quais, como bem pontuou
Jaime Benchimol não têm capacidade para receber containers.
A
extinção da praticagem cobrada dos navios que chegam a Manaus, e o balizamento dos rios também constaram entre os
principais apelos feitos pelos empresários.
Ao
responder às perguntas dos empresários associados da PanAmazônia, o governador
salientou quem tem procurado investir em infaestrutura. Menciou, por exemplo, a
construção do Anel Sul e do Leste e Manaus; a pavimentação da AM-070 e início
das obras de AM-010.
Quanto
à economia, Wilson Lima pontuou medidas como a prorrogação dos incentivos
estaduais às empresas da Zona Franca de Manaus (ZFM) e redução do ICMS para
setores como bares e restaurantes, farmácias, combustíveis, gás natural, energia
e telecomunicação.
Sobre
os recursos que tantos dizem haver no exterior para investimento na Amazônia, o
governador afirmou que não devemos nos iludir, pois "o discurso de quem
está lá fora e diz que tem milhões para
investir no Amazonas e estão dispostos a investir é mentira”.
Wilson
Lima manifestou concordância com as ideias apresentadas pelos associados da
PanAmazônia, comprometendo-se, por exemplo, a criar um batalhão rural para dar
segurança aos agricultores, a manutenção dos ramais por meio do
SOS Vicinais, para facilitar o acesso a matéria prima, a construção de
25 portos em pequenas comunidades, reforma e reestruturação da área portuária
do Centro de Manaus, em parceria com a prefeitura, e a criação de um canal de ensino voltado para o setor primário.
A
Associação PanAmazônia propôs ainda ao governadora a diminuição da máquina
pública, a equidade de investimentos para empresários locais e estrangeiros, a redução
de processos burocráticos e de excessos
da legislação ambiental, o estabelecimento de um comitê de desburocratização, às
vocações econômicas regionais, etc., (ver, em ANEXO, carta da Associção
PanAmazonia entregue a Wilson Lima, com "dez prioridades para uma agenda liberal
estratégica para o desenvolvimento do Amazonas". O documento é a essência do que defendemos e
promovemos em nossa entidade).
Agradecimentos:
Nossos
reiterados agradecimentos ao governador Wilson Lima e a sua equipe, assim como
aos associados que se fizeram presentes neste café da manhã..
Devemos
especiais reconhecimentos ao estimado amigo e associado, MOUSSA KADOURA, que
foi o responsável pela articulação com a assessoria do governador para que este
evento pudesse ocorrer.
Agradecemos
ainda à diretoria do Grupo Dedé e à equipe do Terra & Mar pela atenção com
a qual sempre recebem os associados da PanAmazônia.
Manaus,
09 de agosto de 2022
Belisário
Arce
Fundador
e Diretor Executivo
Associação
PanAmazônia
Por uma Amazônia
altiva, integrada e forte!
ANEXO
Manaus,
08 de agosto de 2022.
A Sua
Excelência o Senhor
Wilson Miranda Lima
Governador
do Estado do Amazonas
Nesta
Ref.:
Dez prioridades para uma agenda estratégica para o Amazonas.
Senhor Governador,
Ao cumprimentá-lo, muito respeitosamente, tomamos a
liberdade de levar a sua consideração temas que esta Associação PanAmazônia
julga de máxima prioridade para a promoção da prosperidade no estado do
Amazonas, os quais solicitamos sejam incorporados em seu plano de governo para
um eventual futuro mandato.
É aguda a inércia econômica no Amazonas, em especial nos
municípios do interior do estado. Dela, resultam a degradação social e
ambiental. Contribuir para retirar milhões de amazonenses da pobreza deve ser a
prioridade de qualquer plano de governo. Para tanto, é imprescindível a implementação
de uma agenda liberal para destravar a economia, incluindo a necessária revisão
de excessos regulatórios, especialmente, ambientais, que engessam os setores
produtivos.
O Amazonas é um dínamo acorrentado. Sua energia
produtiva deve ser liberada para o bem geral e prosperidade coletiva. O governo
deve atuar para que haja condições favoráveis aos negócios, de modo a tornar o
enorme potencial do estado em riqueza palpável.
O congraçamento regional também é relevante porque os
obstáculos são demasiadamente desafiadores para serem superados isoladamente.
Nesse sentido, é importante fomentar a cooperação pan-amazônica entre os
estados brasileiros da região e os países vizinhos.
Deve refletir-se ainda sobre a validade do
posicionamento atual a favor de uma "economia verde", o que tem
tornado a sociedade amazonense refém do ambientalismo radical.
A partir dessas considerações inicias, elaborou-se uma lista de dez pontos, considerados indispensáveis em um plano para o desenvolvimento da economia do Amazonas, conforme segue:
Dez pontos de uma agenda estratégica para
o desenvolvimento do Amazonas.*
1. Diminuir substancialmente
o tamanho da máquina pública, para permitir desonerar tanto as empresas quanto
os consumidores. O Amazonas precisa ter uma administração enxuta e baixa carga
tributária para, assim, ampliar as vantagens federais que nos foram concedidas
com o modelo Zona Franca de Manaus e, desse modo, contribuir, na esfera de
competência exclusiva do governo do estado, para fortalecer e aumentar a competitividade do
Polo Industrial de Manaus, com medidas que desonerem a produção e o consumo.
2.
Garantir tratamento equânime para todos que desejem investir no Amazonas, sejam
brasileiros ou estrangeiros.
3. Privilegiar investimentos privados para a
maioria das atividades econômicas, inclusive de infraestrutura, quando possível.
4. Priorizar
investimentos em logística, atuando em estreita parceria com o governo federal,
com o Congresso e órgãos de controle, envidando esforços de articulação
política e técnica para garantir recursos e garantias para a pavimentação da
BR-319 e o balizamento do Rio Madeira, entre outras obras de infraestrutura de
vital importância para a economia do Amazonas.
5. Remover excessos de exigências ambientais, legislativas e
regulatórias que obstaculizam o desenvolvimento socioeconômico ao elevarem
demasiadamente os custos, o tempo e os riscos
para empreender no Amazonas. É imperioso rever os procedimentos e
acelerar a emissão de licenças dos órgãos ambientais e de demais agências regulatórias
governamentais. Nesse sentido, é imperioso agilizar o processo de análise de
projetos no âmbito da SEPLANCTI e do IPAAM. Deve-se, inclusive, avaliar a
permissão do
funcionamento da atividade empresarial a partir do momento da entrada do pedido
de licenças nos órgãos competentes e que se receba o
protocolo do respectivo órgão público.
O protocolo deveria valer como uma liberação condicionada. É inaceitável
na economia moderna que se espere meses para uma licença transitar e ser
publicada. Faz-se necessário definir um
prazo máximo para o poder público avaliar a solicitação.
6.
Estimular um bom ambiente de negócios no Amazonas, criando condições que
favoreçam a competição, a liberdade de empreender, a satisfação do consumidor e
o retorno ao investidor, o que é imprescindível para estimular o investimento
privado e o consequente crescimento econômico. Para tanto, são necessárias mudanças
administrativas, tais como melhorar o governo eletrônico, com maior
digitalização das atividades, despersonalizar o serviço público, dar mais
transparência, garantir pleno acesso
público, racionalizar, simplificar e acelerar a emissão de licenças, tornar os
processos dinâmicos, diminuir a burocracia e a regulação excessiva.
7.
Atuar para pôr fim à obrigatoriedade da praticagem no Rio Amazonas, a qual
encarece muito a operação logística entre Belém e Manaus, com fortíssimo
impacto nos custos finais de frete, onerando a sociedade amazonense com algo
desnecessário, abusivo e injusto.
8. Dedicar atenção às
vocações regionais, facilitando o aproveitamento e a transformação das vastas e
abundantes riquezas naturais do Amazonas em prosperidade para as populações do
estado. Nesse sentido, é vital apoiar atividade econômicas nas quais o Amazonas
tenha vantagens competitivas, entre as quais: turismo; petróleo e gás natural;
mineração de potássio, calcário, caulim, entre outros minérios.; produção de
fibras naturais, como juta e malva; coleta e produção de frutos da floresta,
como castanha, açaí, etc.; pesca ornamental; exploração madeireira, produção de
óleos essenciais, etc.
9. Estabelecer um comitê de
desburocratização, cujos membros sejam representantes da iniciativa privada,
com o objetivo de implementar medidas liberalizantes para a economia, assim
como - o que consideramos vital - trabalhar na elaboração de texto de Lei de
Liberdade Econômica Estadual.
10. Adicionalmente, é
importante que o governo do Amazonas estreite lçaços os com as demais Unidades
Federativas da região e com os países vizinhos, com vistas a fomentar o
congraçamento pan-amazônico e impulsionar a economia e a cooperação nas esferas
do comércio, da indústria, da ciência & tecnologia, da educação, da
infraestrutura de logística, da segurança pública, da saúde, etc.
Aproveitamos o ensejo para apresentar nossos mais respeitosos protestos da mais perfeita estima e elevada consideração.
Belisário Arce
Fundador
e Diretor Executivo
Associação
PanAmazônia
Por uma Amazônia
Altiva, Integrada e Forte!
* Texto elaborado por Belisário Arce, com contribuição de inúmeros empresários associados da PanAmazônia.