NOTA PÚBLICA

 

Apelo à lucidez na Cúpula da Amazônia

 

            A Amazônia brasileira tem 29 milhões de habitantes, corresponde a quase 60% do território nacional, e faz do Brasil um país de dimensões continentais. Sua contribuição é indispensável para os superávits na balança comercial, visto que três dos principais itens de exportação são produzidos em grande quantidade na região: ferro, soja e carne. Uma pujança que se consegue a despeito de toda a pressão contra as atividades produtivas.

            Se, ao invés de cerceamento, houvesse amplo apoio para explorar seus vastos potenciais econômicos, a Amazônia deixaria de ser vista como problema; tornando-se solução.

            Precisamos fazer um esforço de lucidez e separar narrativa da realidade. A verdade é que a Amazônia tem direito a usar uma parte do seu território em busca do desenvolvimento econômico e da prosperidade, sem os quais, é inviável conservar a floresta ou  retirar a população da pobreza que aflige historicamente a região, especialmente os municípios do interior.

            Coibir, controlar, cercear, punir os setores produtivos é um terrível erro que agrava a situação econômica, social e ambiental. É preciso, ao contrário, liberdade para investir e empreender na região. É imperioso que a Amazônia se aproxime da fronteira da produtividade. Nesse sentido, os mandatários dos oito países amazônicos que estarão reunidos em Belém para a Cúpula da Amazônia deveriam concentrar seus esforços em  uma agenda positiva e produtiva.

            Uma sugestão seria facilitar investimentos privados e públicos em infraestrutura: portos, hidrovias, rodovias, ferrovias, comunicações, etc., o que é indispensável para aumentar a eficiência econômica. É medida prática que contribuiria, concretamente, para os nobres objetivos da proteção da floresta. Grave será insistir no erro da tradicional abordagem conservacionista, a qual, apesar de décadas de aplicação, tem sido incapaz tanto de cumprir seus objetivos específicos quanto de contribuir para resgatar a região da pobreza.

 

Associação PanAmazônia

Por uma Amazônia Altiva, Integrada e Forte!