Palestrantes e diretores da Associação PanAmazônia.


Associação PanAmazônia realizou debate realista sobre a Amazônia, na véspera da Cúpula, em Belém

Em pauta, temas que não foram incluídos na agenda da Cúpula da Amazônia, como o desenvolvimento econômico

 

Belém, 07 de agosto - Um dia inteiro de debates sobre a importância da liberdade econômica para o desenvolvimento regional e solução dos problemas sociais e ambientais. A Associação PanAmazônia defende que o equilíbrio entre progresso e preservação do meio ambiente é a única solução realista e possível para a região. Tentar suprimir das  populações da Amazônia direito de prosperar é a fórmula para o desastre.


Representantes dos setores produtivos do estado do Pará prestigiaram o seminário da PanAmazônia e da Fecomércio.

O seminário “Caminhos para a prosperidade na Amazônia – economia, sociedade e meio ambiente, o equilíbrio indispensável” reuniu no auditório da Federação do Comércio do Estado do Pará, na segunda-feira, um público qualificado, com forte presença de empresários e formadores de opinião para discutir a realidade desenvolvimento na Amazônia e possíveis soluções para conservar a floresta e garantir o desenvolvimento econômico.  “Tratamos de temas vitais que não foram incluídos nos debates da Cúpula da Amazônia. Assim, a Associação PanAmazônia preencheu uma lacuna temática indispensável para o futuro da região”, salienta Belisário Arce, Fundador, Diretor Executivo da Associação PanAmazônia e coordenador do seminário.

Sebastião Campos, Presidente da Federação do Comércio; Alex Carvalho, Presidente da Federação da Indústria; Carlos Xavier, Presidente da Federação da Agricultura; e Belisário Arce, Diretor Executivo da PanAmazônia.

Um dos exemplos apresentados que concilia desenvolvimento econômico e social com a conservação ambiental foi o da  Balsa Açaí (Fábrica Flutuante de Açaí), das empresas Bertolini, um projeto que leva desenvolvimento para onde é mais que necessário na Amazônia, ou seja, os municípios do interior. “Todo mundo tem muita vontade de ajudar, muita vontade de fazer as coisas, mas existem poucos projetos que levam de fato o desenvolvimento para o interior, poucos projetos  que de fato contribuem para o desenvolvimento da Amazônia. A gente acredita que a Balsa Açaí é um desses projetos”, explica Fábio Gobeth, Assessor da Presidência das Empresas Bertolini.

Gobeth ressalta ainda que a empresa teve total preocupação com sustentabilidade, com o uso da água, com destino correto dos resíduos, com a energia sustentável e isso é prova de que o desenvolvimento e a sustentabilidade podem caminhar juntos.


Fábio Gobeth apresesnta do case da fábrica flutuante de açaí da Bertolini.

Uma grande preocupação da PanAmazônia é com o discurso “romântico” da conservação da floresta que exclui da equação a necessidade do desenvolvimento econômico, o que é indispensável para gerar oportunidades e alternativas para sobreviver das populações regionais. “A Cúpula da Amazônia é organizada pela Organização do Tratado de Cooperação Amazônia, OTCA, que é composta por pessoas que não são da Amazônia e jamais poderiam entender o quanto a vida é complexa para os povos da região”, adverte Arce.

O Presidente da Fecomércio/PA, Dr. Sebastião Campos, destaca que “foi uma reunião bastante produtiva com a participação de várias entidades representativas da iniciativa privada do Pará, com importantes debates sobre temas de vitais para o desenvolvimento econômico e prosperidade da região, com foco no indispensável equilíbrio entre os fatores econômicos, sociais e ambientais".

O coordenador do evento, Bellisário Arce, explica ainda que não se trata de guerra de narrativas, mas de unir forças em prol da geração do agora. “Não podemos nos contentar em aceitar agendas externas que querem nos impor. Só nós, amazônidas, seremos capazes de fazer a diferença", finaliza.

Na véspera da Cúpula da Amazônia e como ação combinada com o seminário realizado em parceria com a Fecomércio-PA, a Associação PanAmazônia emitiu nota publica, intitulada "Cúpula da Amazônia, um apelo à lucidez", abaixo, segue texto integral da nota.

 

NOTA PÚBLICA DA ASSOCIAÇÃO PANAMAZONIA

Cúpula da Amazônia, um apelo à lucidez.

 

 

Belém receberá chefes de Estado dos oito países membros da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica - OTCA. É a quarta vez que presidentes dos países amazônicos se reúnem desde a assinatura do Tratado de Cooperação Amazônica em 1978. O governo do estado do Pará tomou  a dianteira em discussões centrais sobre o futuro da região, tanto na Cúpula da Amazônia, a realizar-se , nos dias 8 e 9 de agosto, quanto da COP-30 em 2025. Uma oportunidade extraordinária que deve ser aproveitada ao máximo em nosso benefício.

 

A Amazônia brasileira tem 29 milhões de habitantes, corresponde a quase 60% do território nacional, e faz do Brasil um país de dimensões continentais. Sua contribuição é indispensável para os superávits na balança comercial, visto que três dos principais itens de exportação são produzidos em grande quantidade na região: ferro, soja e carne. Uma pujança que se consegue a despeito de toda a pressão contra as atividades produtivas.

 

Se, ao invés de cerceamento, houvesse amplo apoio para explorar seus vastos potenciais econômicos, a Amazônia deixaria de ser vista como problema; tornando-se solução.

 

Precisamos fazer um esforço de lucidez e separar narrativa da realidade. A verdade é que a Amazônia tem direito a usar uma parte do seu território em busca do desenvolvimento econômico e da prosperidade, sem os quais, é inviável conservar a floresta ou  retirar a população da pobreza que aflige historicamente a região, especialmente os municípios do interior.

 

Coibir, controlar, cercear, punir os setores produtivos é um terrível erro que agrava a situação econômica, social e ambiental. É preciso, ao contrário, liberdade para investir e empreender na região. É imperioso que a Amazônia se aproxime da fronteira da produtividade. Nesse sentido, os mandatários dos oito países amazônicos que estarão reunidos em Belém para a Cúpula da Amazônia deveriam concentrar seus esforços em  uma agenda positiva e produtiva.

 

Uma sugestão seria facilitar investimentos privados e públicos em infraestrutura: portos, hidrovias, rodovias, ferrovias, comunicações, etc., o       que é indispensável para aumentar a eficiência econômica. É medida prática que contribuiria, concretamente, para os nobres objetivos da proteção da floresta. Grave será insistir na da tradicional abordagem conservacionista, a qual, apesar de décadas de aplicação, não tem sido capaz nem de cumprir seus objetivos específicos nem de tampouco contribuir para resgatar a região da pobreza.

 

Um derradeiro comentário: o clamor mundial para a conservação da floresta advém da preocupação com as mudanças climáticas. Ora, a comunidade científica diverge quanto à hipótese da ação humana como motor do aquecimento global. Cientistas renomados, no mundo todo, contestam a versão amplamente difundida. Mas, sem adentrar nessa celeuma, cabe acautelarmo-nos com as agendas que querem nos impor os países ricos, principais responsáveis pelas emissões de CO2. Há muita hipocrisia, sintetizada magnificamente nesta frase do saudoso e grande Professor Samuel Benchimol "Parece que muitos dos países desenvolvidos se cansaram de dar maus exemplos para agora começar a dar bons conselhos".

 

Agradecimentos

 

A Diretoria da Associação PanAmazônia expressa seus mais sinceros agradecimentos a todos que assistiram ao seminário.

 

Especiais agradecimentos ao Dr. Sebastião Campos e à Federação do Comércio do Estado do Pará pelo integral apoio e parceria, os quais tornaram possível realizar o  seminário.

 

Nosso penhorados reconhecimentos aos palestrantes, que, muito generosamente, cederam seu tempo, conhecimentos e esforço para abrilhantar os debates: Paulo de Carli, Presidente da Dessana Mining; Antônio Azevedo, Presidente do Grupo TV Lar; Douglas Alencar, Professor da Faculdade de Economia da Universidade Federal do Pará; Fábio Vasconcelos, Presidente do Sindicato da Industria de Construção Naval do Pará; Carlos Xavier, Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Pará; e Fábio Gobeth, Assessor da Presidência das Empresas Bertolini.

 

Igual reconhecimento merecem às empresas que patrocinaram e apoiaram  o seminário, a saber: PNEU FORTE, EQUADOR ENERGIA, GRUPO CHIBATÃO, GRUPO ZUCATELLI, ENGENHO DEDÉ, HOTEL PRINCESA LOUÇÃ e SABIN MEDICINA DIAGNÓSTICA.


Antônio Azevedo, Presidente do Grupo TV Lar, recebe certificado de participação como palestrante.




Sebastião Campos, Presidente da Federação do Comércio, é empossado como Diretor regional da PanAmazônia para Belém para um novo mandato.




Reinaldo Zucatelli, Presidente do Grupo Zucatelli, é empossado como Diretor da PanAmazônia para a área de agronegócios.




Carlos Xavier, Presidente da Federação da Agricultura, recebe certificado de participação como palestrante.



Fábio Vasconcelos, Presidente do Sindicato da Industria de Construção Naval do Pará, recebe certificado de participação como palestrante.



Paulo D'Carli, Presidente da Dessana Mining, recebe certificado de participação como palestrante.



Alex Carvalho, Presidente da Federação das Indústrias; José Mendonça, Vice-Presidente da Federação das Indústrias; Aldo Rabelo, e Belisário Arce, Diretor Executivo da PanAmazônia.