Nota Pública da Associação PanAmazônia
A
Associação PanAmazônia expressa sua posição contrária à proposta de projeto de
lei que prevê a redução da carga horária semanal de trabalho de 44 para 36
horas. Entendemos que tal medida pode trazer sérias consequências econômicas e
sociais, afetando de maneira significativa a competitividade das empresas,
especialmente daquela de pequeno e médio porte.
A
implementação de uma jornada reduzida acarretaria custos adicionais para as
empresas, que, diante da necessidade de contratar mais funcionários para cobrir
a carga horária necessária à plena operação da empresa sem, necessariamente,
aumentar a produtividade. Seriam mais custos sem novas receitas, sem mencionar
o inevitável aumento nos gastos com folha de pagamento, encargos e benefícios
trabalhistas.
Para
os setores produtivos da Amazônia, onde muitos negócios enfrentam desafios
logísticos e custos elevados de operação, essa mudança representaria um
obstáculo considerável ao desenvolvimento econômico da região.
Ademais,
há o risco de que essa medida contribua para um aumento da informalidade no
mercado de trabalho, uma vez que as empresas podem ver-se obrigadas a adotar
práticas não regulamentadas para equilibrar os custos. A possível redução da
oferta de empregos formais pode prejudicar, principalmente, os trabalhadores
menos qualificados, que já enfrentam dificuldades para se inserir no mercado de
trabalho.
A
Associação PanAmazônia acredita que o desenvolvimento econômico saudável e equilibrado
depende de um ambiente de negócios favorável, que respeite tanto os direitos
dos trabalhadores quanto a capacidade das empresas de se manterem competitivas
e de gerar empregos. Medidas como a flexibilização das regras trabalhistas, com
incentivos para inovação e qualificação profissional, seriam alternativas mais
eficientes.
Diante
do exposto, a Associação PanAmazônia reafirma seu compromisso com as liberdades
econômicas, defendendo a primazia da livre iniciativa como principal vetor para
o desenvolvimento social e econômico da Amazônia e com a defesa de políticas
públicas que contribuam para o crescimento e a prosperidade da região e do
país.
Finalmente,
vale pontuar saem ganhando as empresas e seus funcionários quando há condições para
que negociem livremente, buscando os ajustes que sejam mais satisfatórios para
todos.
Manaus,
11 de novembro de 2024.